terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

O superlativo da Felicidade.



Esses dias deparo-me com a seguinte frase: Qual foi (ou teria sido) o dia mais feliz da sua vida?

Todos nós, ou sua grande maioria iriamos parar e pensar em algum dia que a emoção do sentimento felicidade nos tomou e fomos agraciado por risadas,por nos sentir bem, por alguém que nos surpreendeu, que nos deixou satisfeitos, que nos encantou, algo que fugiu do nosso controle e entrou no inesperado.

Mas não, não foi isso que eu pensei e de verdade não pensei em nada,apenas em uma pergunta, para tentar responder a outra acima citada, e a cabeças engenhosa perguntou: Mas felicidade não são momentos? 
Se elas são momentos, então em algum instante do dia eu viverei um momento feliz.E sabe o por quê disto, nós temos a doce mania de super relativar momentos felizes, parece que eles precisam ser grandiosos,escutados por várias pessoas, visto por milhares de outras e comentados por outras tantas.


Então eu achei muito injusto com a "dona felicidade", determinar para ela um dia apenas em que ela esteve comigo e trazer isso como  uma definição estrondosa de emoção incontrolável.Poderia aqui dizer que todos os dias são dotados e preenchidos com algum momento de felicidade, no entanto estaria mentindo para mim e para vocês, pois tem dias que temos emoções boas e outras ruins, e estas emoções boas ocasionadas por alguns momentos não incluem a felicidade como sentimento, as vezes é mais o sentir-se bem, estar em paz consigo mesmo do que denominar como "momento feliz".

Por isso podemos ressaltar que: mensurar a felicidade por apenas um dia é injusto com ela e muito mais cruel conosco, ela, a felicidade, pode estar ligada ao um estado de viver, de se autoconhecer, de possuir uma consciência plena dos nossos atos e ações diárias, de satisfação pessoal e de convivência com os demais que nos circundam.

Felicidade deve ser um exercício diário de se ouvir todos os dias.
Renan Alexandre.

Assim perceber a felicidade é quase uma missão, pois se conseguimos compreender a mesma como momentos diários, ela poderá ter diferentes intensidades e formas de chegar até nós.Talvez o mais complicado que estejamos fazendo conosco é superlativar os momentos felizes ou esperar que eles venham desta forma.Quando na verdade, podemos saborear o menor momento por muito mais tempo e com a qualidade de que ele pode ser estendido em doses sutis e de bem estar a nossa vida.


A felicidade se traduz como um estado, logo, ela independerá de momentos, é uma decisão encontrar, perceber, ver, sentir e introduzir a felicidade em nossa vida.(Renan Alexandre)

Se essa decisão é nossa, os momentos de intensidades também serão nossos, o que não podemos é construir superlativos de felicidade, quando ela deseja morar em nós e ser alimentada por momentos mais simples que o cheiro da chuva, que os primeiros passos de um bebê, que o nascer ou pôr do sol,como o andar de mãos dadas, como o sorrir sem motivo...


Uma semana abençoada!



abdicar, é deixar-se?

Olá delícias!
Obrigado pelos e-mails, pela leitura, pelos compartilhamentos e trocas de experiências.


Há quem diga que, muitas vezes devemos nos abdicar de nossos conceitos, pensamentos, atitudes, opiniões, ou seja, abdicar de nós, para tentar compreender, interagir, entender e tantas outros termos que possamos usar para viver de alguma forma empática e apática as relações humanas.

Ainda que esta abdicação deva acontecer por renúncia e vontade própria, o que me parece estar acontecendo é que estamos sendo forçados a vivenciar essa "experiência", sem nos perguntarem de fato se queremos ou não.E pior que isto, quando respondemos com a negativa que não desejamos, somos bombardeados de opiniões, julgamentos ( por que o pré julgar nessas horas nem existe mais), somos colocados a mercê de análises e sintaxes do que por que sermos tão egoístas, ao invés de nos comportarmos como os "heróis" altruístas da situação.



Fica a pergunta para pensar: Quando abdicamos de nós, será neste momento que erramos mais?

Deve ser não acham.Por que quando deixamos por algum momento a opinião geral, o desejo de outros, a vontade de poucos dominar nossas ações, todos os nossos princípios, aprendizados e experiências de nada nos valem.Tudo isso, para nos encaixarmos em alguma situação de maioria, tudo isso para aceitar as mazelas do outro, tudo isso para uma bom convívio social, tudo isso para ser aceito, tudo isso para ser compreendido e compreender. enfim tudo isso para viver em uma sociedade, onde ter opinião e ser quem você é de fato, está a custar muito caro.

Abdicar-se pode ser uma tentativa de equilíbrio diário para conviver.
Renan Alexandre.

Acredito que erramos sim, quando abdicamos de nós, em propósito de agradar ao outro, de nos fazer sentirmos importante para outra pessoa, começamos a errar em nos anular, nos esconder á sombra de outro alguém e viver a vida da outra pessoa.
Não que exista apenas o lado negativo de abdicar-se, mas é que se pararmos para analisar, quando efetuamos tal ação, na maioria das vezes deixamos de viver a nossa vida e vivemos algo como diria Zeca Pagodinho:"deixa a vida me levar..."

O termo parece estar sendo usado muito mais como " se esconder", do que algo fraterno, de ação transformado para a nossa vida e a vida de outrem,por que cansamos de ouvir pessoas que usam tal palavra, e a entonação é sempre de reclamação, por que não foi uma experiência válida, de aprendizado, de evolução como ser humano, mas sim um tempo perdido, uma experiência falida, um desperdício de entrega, algo que não vai somar, e que parece até ser egoísta pensar assim, por que quando se abdica de algo, tem-se o pensamento de não ser por interesse, ainda que este esteja no inconsciente.


Gosto muito de locais para pensar, praia ao final da tarde,um banho, um morro qualquer distante para refletir, uma caminhada qualquer, mas não existe mais nada desafiador e tão confrontador quanto o espelho.Ele te releva verdades, é o momento de você com você, por isso, já fizestes este desafio?
De frente ao espelho,olhar-se profundamente e perguntar: O que tens abdicado em sua vida? Será que essa abdicação não está induzindo você a erros? É uma experiência válida, ou está valendo a pena?



De uma forma ou de outra, toda forma de abdicar de algo gera impactos e mudanças, conte-nos o que tens abdicado e as mudanças em sua vida.
Estamos esperando!

e-mail:falaseriosq@gmail.com

Uma semana cheia de Luz e Paz!


Pegadas na areia.

Olá delícias!

Bem o nosso papo de hoje, surgiu em uma dessas caminhadas sem um objetivo definido, que a maioria faz na beira do mar.
Observar aquela imensidão de água, junto a tantas informações que a mesma traz é algo maravilhoso, mas calmamente você observa que há muito mais a ser destacado por ali.
Existem tantas coisas dentro do mar e que por alguém motivo, é jogado na areia, no ir e vir do balanço das ondas.Acho e aqui é puro achismo mesmo, que deveríamos ser como o mar, jogar fora de fato a todo momento coisas que não nos fazem bem, que precisam ser de fato deixadas para trás, que tudo aquilo que é demais precisa ser composto e ajeitado em outro lugar e poderia escrever horas sobre essa ação de abandono de coisas, situações, momentos e ações que não acrescentam nada em nós.
Praia da Esplanada/ Jaguaruna-SC
Balneário Esplanada/Jaguaruna-SC

Mas algo que me chamou atenção, foram as pegadas na areia, fiz um pequeno vídeo que deixarei aqui o link (Pegadas da vida) para que possam entender o por quê do texto.Na verdade é muito lacônico o que vou escrever.
Essas pegadas, além de me chamarem a atenção, fizeram-me refletir que são como os nossos encontros e desencontros da vida, que cruzamos com pessoas que estão vindo em direção contrária da nossa, que por algum motivo, situação iremos cruzar com elas algum dia ou que talvez nem vamos conhecer.
Pessoas que talvez tenham os mesmos objetivos e desejos que os nossos, que estamos buscando as mesmas coisas, no entanto por caminhos diferentes, e que estejam em uma velocidade maior ou menor que a nossa, ou ainda por estarem usando atalho, vamos nos esbarrar.
E tudo se torna ainda mais intenso, mais surreal, quando paramos para pensar, que existem milhões de outras pegadas na areia e que um dia podemos nos encontrar ao longo do caminho, todas com histórias semelhantes, diferentes,iguais, com finais múltiplos,com desejo de que a realidade mude ou que a vida permaneça do jeito que esta.

Balneário Esplanada/Jaguaruna-SC

Sabemos nós, que existem pessoas de pegadas horríveis, aquelas que deixam marcas nem sempre positivas e que nós mesmos já fomos essas pegadas ruins para alguém.Que cruzamos com pessoas que não deixamos o melhor das lembranças.
Ainda assim,podemos nos esbarrar novamente e se não, que possamos construir pegadas que amenizem nossos erros anteriores, por que tudo é experiência, tudo é soma para uma nova mudança e infelizmente, não temos o mar para apagar essas marcas deixadas em nós ou as que deixamos em outras pessoas, mas podemos ter o amor, a compreensão, o desejo de ser melhor, de mudar e isso que devemos alimentar para construção de novas pegadas.

Balneário Esplanada/Jaguaruna-SC

O desejo deste texto é apenas o seguinte: Meus delícias, existem bilhões de pessoas no mundo, que possuem anseios, vontades, sonhos e tantos outros objetivos e que o respeito, a compreensão, a empatia, a alteridade devem nos acompanhar em todos os momentos, o  simples é sempre mais difícil e complicado de ser visto, notado, compreendido, mas que as nossas relações sejam pautadas no respeito, na compreensão de limite do outro, de não tentar ser moldado por julgamentos já estabelecidos.
Que essas pegadas sirvam para nos orientar que vamos esbarrar com todo tipo de pessoa, gente, ser humano e cabe a nós agirmos como o mar citado nas primeiras linhas deste texto: Devolver, jogar fora, abandonar o que não é pra nós, deixar de lado o que não nos fará bem, para que nossas pegadas sejam marcadas com o que de melhor possamos deixar.

Balneário Esplanada/Jaguaruna-SC

Uma semana abençoada para todos!

*Todas as fotos foram tiradas por: Renan Alexandre, autor deste texto.

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